Esses dias li o
clássico “Alice no país das maravilhas”, publicado pelo autor inglês Lewis
Carrol por volta de 1865/1866. Já estava devendo a sua leitura há anos!
O livro narra os sonhos aventureiros da
menina após seguir um coelho falante e cair em um túnel. Lá, em contato com um
antídoto, ela fica do tamanho aproximado de 25 centímetros, mas num segundo
momento chega aos 2 metros e meio de altura. Dentre as suas experiências e
descobertas a personagem vive um de seus dramas e “continuou chorando,
despejando baldes de lágrimas, até que começou a se formar uma grande poça em
sua volta, com uns dez centímetros de profundidade, chegando até o meio da
sala”. (página 24
da edição de 2009, Editora Cosac Naify).
Deixando as aventuras e fantasias um pouco à
parte, também li sobre Nicholas James Vujicic. Ele nasceu em 04 de dezembro de
1982, em Melbourne, Austrália. É um evangelista, palestrante motivacional e
diretor da Life Without Limbs (Vida
sem Membros). Nascido sem pernas e braços devido à rara síndrome Tetra-amelia viveu
uma vida de dificuldades e privações ao longo de sua infância. No entanto, ele
conseguiu superar essas dificuldades e, aos dezessete anos, iniciou sua própria
organização sem fins lucrativos e começou suas viagens como um palestrante
motivacional. Sua vida atraiu mais e mais a cobertura da mídia de massa. Já
assisti a alguns documentários sobre ele nos canais Discovery. Atualmente, ele
dá palestras sobre vários assuntos tais como a deficiência, a esperança e o
sentido da vida.
A relação entre
esses dois personagens, embora distintas as suas vidas, faz com que paremos
diante de nós mesmos e de nossa “nada mole vida” para entender quais escolhas
temos feito. Muitos de nós não temos falta alguma, seja física, ou de
aparência, econômica ou de formação; outros não têm as pernas e os braços, os
olhos, os ouvidos, a língua, perspectiva de futuro, grandes sonhos
profissionais.
Vale a pena ver esse pequeno vídeo sobre a vida de Nick:
Reclamamos da comida
repetida, do sal que não está no ponto, do trânsito, da segunda-feira que
voltou, do cabelo que não está conforme as revistas e novelas, da barriga que
não seca.
Uns choram derramando baldes de água e
criando poças profundas ao seu redor, enquanto outros sorriem, cantam, respiram
a leveza da vida. A grande questão
é: podemos escolher viver na lagoa de lágrimas, ou tornar a vida em uma grande
palestra motivacional.
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